Texto do Dr. João Ricardo, Psiquiatra
💛 Setembro Amarelo 💛
Falar sobre saúde mental é falar sobre vida.
O Setembro Amarelo é um convite para romper o silêncio que envolve o sofrimento psíquico. Não se trata de exagero, tampouco de “modismo”. Trata-se de reconhecer que a dor existe — e que precisa ser enfrentada com cuidado, apoio e informação.
O que NÃO ajuda
- Dizer que é “drama” ou “frescura”.
- Acreditar que quem fala em suicídio “só quer chamar atenção”.
- Tratar tentativas frustradas como “teatralização”.
Essas atitudes apenas aumentam a solidão de quem já se encontra vulnerável. A expressão do desejo de morrer deve ser compreendida como um pedido de ajuda — nunca como exagero.
O que ajuda de verdade
- Ouvir sem julgamentos. Deixe a pessoa falar, ainda que seja difícil escutar.
- Oferecer apoio concreto. Estar presente, acompanhar nos momentos difíceis.
- Estimular a busca por ajuda profissional. Psicólogos e psiquiatras oferecem acompanhamento especializado e cuidados eficazes.
O papel da sociedade
A prevenção não é responsabilidade apenas do indivíduo.
O Estado precisa garantir e ampliar o acesso aos serviços de saúde mental.
Campanhas de conscientização e acolhimento devem ser contínuas — não apenas em setembro.
Construindo redes reais
Mais do que conexões virtuais, precisamos de vínculos reais: família, amigos, comunidade, espiritualidade. Uma vida equilibrada envolve saúde emocional, afeto, trabalho com propósito e engajamento social.
💛 O Setembro Amarelo nos lembra: falar salva, acolher salva, agir salva. Cada gesto de cuidado pode ser a diferença entre a desesperança e um novo começo.



